Cereja, o sabor doce do verão
As conversas são como as cerejas: o difícil é parar. Por detrás do ditado, há uma grande verdade: doce e nutritivo, é um dos frutos mais apetecidos durante o ano. Saiba mais sobre ele e conheça as características específicas da cereja Pingo Doce.
Quando se vê a cereja, normalmente já se sabe que o verão está por perto. Chega com os dias longos e quentes e, de cor vermelha oscilando entre o encarnado e o quase negro, pode ter uma polpa mole ou rija, uma textura suave e um sabor mais ou menos doce, dependendo da variedade. Muito saborosa, tem ainda muitos benefícios nutricionais — além de conter apenas 60 kcal por 100 gramas, inclui antocianina que, para além de lhe conferir a sua cor, é também antioxidante.
As cerejas Pingo Doce
As cerejas Pingo Doce são escolhidas entre as variedades mais doces e de polpa mais firme encontradas, na Beira e em Trás-os-Montes. É nestas regiões que se reúnem as condições climatéricas e de solo ideais — frescos, ligeiramente húmidos, mas bem drenados — para o cultivo de cerejas doces e sumarentas, de polpa mais firme, com uma textura suave e um sabor adocicado. É por isso que as cerejas Pingo Doce são as mais doces que encontra na nossa loja.
Cerejeiras em flor
A floração ocorre em meados de março e, um mês depois, surgem os primeiros frutos. Nas duas semanas seguintes, dá-se a maturação destes, dependendo da variedade.
Sabemos que está no ponto de doçura, através de uma avaliação sensorial, que visa medir a dureza das polpas e a coloração típica da variedade. A cereja é colhida quando atinge o seu estado ótimo de maturação, que varia em função da cerejeira e das condições do meio ambiente.
No Japão, por exemplo, a flor da cerejeira é muito popular e assistir ao desabrochar das flores, que começa em janeiro e se prolonga até março, é uma verdadeira atração turística.
Tipos de cerejas que existem
As cerejas terão chegado a Portugal pelas mãos dos romanos, que as descobriram no território que hoje conhecemos como Turquia, algumas décadas antes de Cristo. Foram levadas pelos primeiros colonos para a América do Norte, no século XVII. No entanto, há vestígios que indiciam o seu consumo na Idade da Pedra.
A cereja da Cova da Beira tem Indicação Geográfica Protegida, uma classificação da União Europeia atribuída a produtos agrícolas tradicionais de uma região. Nesta zona de Portugal, entre Fundão, Covilhã e Belmonte, a cereja tem o estatuto de “ouro vermelho”. Outra zona com produção importante de cereja é Resende.
Em Portugal, uma das variedades mais antigas — das primeiras a surgir e mais comercializadas — é a Burlat, de polpa mole. Também se cultivam variedades estrangeiras, como a Big Windsor, o Napoleão Pé Comprido e, mais recentemente, a Arcina ou a Sunburst.
Como conservar
Conserve-as em local fresco para preservar toda a sua qualidade. Dado tratar-se de um fruto que surge quando as temperaturas estão mais elevadas, o ideal é mantê-las no frigorífico, numa caixa, para as comer nas melhores condições. Se não lavar ou tapar, as cerejas aguentam cerca de uma semana, no frigorífico.
Imediatamente antes de consumi-las, há que lavá-las, removendo primeiro os pés, para as libertar de impurezas e, idealmente, deixar que voltem à temperatura ambiente para desfrutar melhor dos sabores.
Os diferentes usos culinários
Doces e carnudas, o difícil é parar de comê-las. Perfeitas como snack, também podem ser consumidas como sobremesa a seguir às refeições. Mas sabe que há muitas receitas com cereja?
Por exemplo, além de licores, há muitos outros pratos que se podem preparar com cerejas, como trufas e até um surpreendente risotto de frango e cereja ou um peito de pato com molho de cereja.
Há quem faça doce de cereja, geleia, xarope ou, simplesmente, congele para usar fora de época.
Também são utilizadas em sumos, batidos e para aromatizar bebidas. Na Alemanha, é ainda um ingrediente essencial do conhecido bolo Floresta Negra, feito de chocolate e licor Kirsch e construído em camadas com chantili e cerejas.