O picante e aromático gengibre é originário do Sudeste asiático e já era usado pelo chineses no século VI aC. Na Índia sempre foi usado copiosamente, mas quando chegou à Europa, nem os romanos nem os gregos se interessaram muito por ele. Talvez fosse um sabor demasiado forte?
Foram comerciantes árabes que levaram o gengibre para o Mediterrâneo algures durante o século I d.C.
Terá sido na Idade Média que atingiu um nível tal de popularidade que todas as receitas o incluíam como ingrediente obrigatório.
Pensa-se que o seu nome possa estar relacionado com Gingi, uma terra no sul da Índia, de onde o gengibre (ginger, em inglês), é oriundo.
No século XIX, os pubs irlandeses e ingleses tinham gengibre ralado, fresco, em cima das mesas, que costumavam usar como tempero da comida e até das cervejas. Mais tarde começaram a fazer-se cervejas de gengibre e daí nasceu o refrigerante não alcoólico Ginger Ale.
Em Portugal o gengibre ganhou mais fama nos últimos anos graças ao sushi. Nesta refeição japonesa, o gengibre é utilizado para limpar o palato entre peças de sushi, para que todos os sabores do peixe possam ser aproveitados.
Benefícios e características
Os chineses usavam o gengibre para acabar com as náuseas e enjoos. Hoje continua a ser usado como remédio caseiro para os vómitos. Há quem defenda que o gengibre ajuda no alívio das dores menstruais, artrite e constipações.
Apesar de parecer uma raiz, o gengibre é na verdade uma erva parecida com o junco, cujos caules subterrâneos são cheios de nódulos e irregularidades.
É possível comprar gengibre fresco, seco ou em pó. Se o comprar fresco, escolha o que não tenha esfacelamentos na pele e apresente uma tonalidade bege uniforme. Quando o usar, picado, ralado ou em lascas, saiba que não precisa de tirar a casca. Se o ralar, faça-o na direcção das fibra ( é extremamente fibroso).
Pode usá-lo em bolos, molhos, chá, em marinadas de carne ou peixe.