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Dicas como servir vinho

Dicas como servir vinho
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A forma como se serve um vinho é determinante para toda a experiência de degustação. Não se trata de um ritual, mas sim de seguir regras simples que se vão refletir no êxito de uma degustação.

A abertura

A abertura de uma garrafa é um importante passo e a parte mais complicada é, sem dúvida, o retirar da rolha:

Espumantes: depois de retirar o arame e a prata que a cobre, deve inclinar a garrafa (nunca na direção de pessoas ou material frágil) e começar a girar a garrafa e não a rolha, segurando o seu fundo. O objetivo é que ela saia sem aquele estoirar que tantos gostam, mas que se revela inadequado. Depois deve cheirar-se a rolha para ver se está em perfeitas condições, inclinar-se o copo flute para evitar a imensa formação de espuma e servir-se até 2/3 da sua capacidade.

Vinhos brancos e tintos: segure a garrafa com uma mão e com a outra introduza a rosca do saca-rolhas, sem rodar a garrafa (evitando assim agitar o vinho o menos possível) e sem perfurar a rolha de um lado a outro. Para vinhos mais velhos, em que há uma grande probabilidade de a rolha estar mais frágil, o ideal é usar um saca-rolhas de lâminas. Insira primeiro a lâmina mais comprida, depois a mais curta (ambas com muito cuidado) e vá girando e puxando lentamente para cima. Depois, lentamente, extraia a rolha, cheire-a para ver se está em boas condições, limpe o gargalo e sirva.

A decantação

O ato de decantar faz-se com a passagem do vinho da sua garrafa original para um recipiente (de cristal ou vidro), designado por decanter ou decantador.
Quando estamos na presença de um vinho com mais idade e que poderá ter acumulado depósito a solução é a decantação.
Antigamente, quando o vinho saía diretamente dos pipos (só começaram a ser usadas garrafas no século XVII), era passado para jarros com um fundo largo onde se imobilizavam as borras.

Na altura da passagem do vinho da garrafa para o decanter, há que ter o cuidado de verter o vinho ao longo das paredes laterais, evitando a agitação. Deve-se colocar o recipiente contra uma luz forte (ou uma vela), para ver se tem resíduos e retirá-los, servindo depois com cuidado.
A decantação elimina os resíduos acumulados, especialmente em vinhos mais velhos, engarrafados há vários anos. Para além disso, o processo permite que o vinho “respire”, através da oxigenação, libertando todos os aromas que estavam na garrafa.

A temperatura

Antes da abertura da garrafa a temperatura deve ser corrigida (para mais ou para menos) consoante o vinho que tem pela frente e recorrendo, de preferência, a um termómetro.

Vinhos brancos
Se for um vinho branco – que normalmente são considerados “leves” -, os aromas soltam-se facilmente, o que permite consumi-lo a temperaturas mais baixas, sem prejuízo das suas características. As temperaturas para o servir devem andar entre os 10 e os 13 ºC, podendo mesmo chegar aos 14 ºC caso se trate de um branco encorpado de climas quentes, como os do nosso Alentejo.

O vinho branco não deve ser bebido quase gelado, já que perdem-se os aromas e as qualidades do vinho. O arrefecimento deve ser gradual e, porque o vinho vai aquecendo depois de aberto, deve-se manter a temperatura ideal com recurso a um frappé (acrescente sempre água ao gelo moído).

Espumantes e champanhes
No caso dos espumantes ou champanhes a temperatura de serviço deve andar entre os 6 e os 8 ºC se se tratar de um vinho jovem. Para vinhos com mais idade podem rondar os 10 a 14 ºC. Para manter a temperatura no frappé, deve também juntar sal ao gelo moído e à água, já que isso faz descer ainda mais a temperatura.

Tintos
No caso dos tintos, a temperatura ideal é algo mais complexo de se apurar. Sabe-se que quanto mais quente estiver um vinho mais aromas se vão libertando. Mas há limites. Um vinho tinto servido a temperaturas a partir dos 20 ºC começa a perder as suas qualidades. Servido a 24 ºC apenas se sentirá o álcool e será uma experiência desagradável.

Um vinho tinto médio deve ser bebido, em média, a 16 ºC. Só os mais envelhecidos e encorpados podem ir aos 18 ºC. Caso o vinho venha de uma cave ou adega bastante fria, deverá de ser aquecido, ou “chambreado”, se quisermos utilizar o termo profissional e que deriva do francês “chambre”.

Para um vinho – seja branco, espumante ou tinto – merecer honras de vir à mesa e ser um festim para os nossos palatos, terá de se obedecer a simples regras como estas, mas que engrandecerão o acto de o beber com todas as suas características bem presentes. Por isso, acautelar a temperatura de serviço é um dos mais importantes passos. E é tão fácil fazê-lo.

Se seguir estas dicas o vinho será bebido com o máximo grau de satisfação e, por que não também, com bastante mais estilo!

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